Economia em números
No primeiro trimestre de 2023, o PIB surpreendeu e cresce acima do esperado. 2.5% em termos homólogos, sustentado pelo dinamismo das exportações e pela procura interna, assente das perspectivas de um maior incremento do rendimento disponível real, aliado à manutenção do dinamismo no mercado de trabalho. Neste sentido, as projeções do Banco de Portugal no seu último Boletim Económico, foram revistas em alta, com a economia portuguesa a crescer 2.7% em 2023, 2.4% em 2024 e 2.3% em 2025.
De acordo com o INE, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor terá diminuído para 3.4% em junho de 2023 (-0.6 face a maio), tendo esta desaceleração o efeito base que resultou no aumento de preços dos combustíveis (junho 2022). Para o final de 2023 é esperada uma redução da taxa de inflação de 5.2%, de 3.3 em 2024 e de 2.1% em 2025, o que está em linha com o objetivo estatutário de política monetária definida pelo BCE.
Em maio, a taxa de desemprego diminuiu para 6.4% (inferior a abril e a fevereiro de 2023), com a população empregada (4.932 mil) a registar uma variação positiva, em comparação com o mês anterior (0.1%). O mercado de trabalho continua a mostrar robustez com baixo nível de desemprego, não obstante a preocupação de que o aumento dos salários possa perpetuar uma inflação em alta.
A guerra na Ucrânia, a evolução da estabilidade no sistema bancário nos EUA e na Europa, e o combate persistente à inflação, serão os temas centrais que irão influenciar a política monetária dos principais Bancos Centrais.
